Entrevistado esta semana pela revista Sábado um jovem deputado do PSD de nome Alexandre Poço (o mesmo Poço, sem fundo de vergonha, que há 20 anos atrás afirmava com certeza matemática que 25% das reuniões com mulheres eram apenas perda de tempo) disse quando perguntado sobre a hipótese de Isaltino Morais ser candidato pelo PSD, que "claramente que sim", porque alega que em Portugal não há penas perpétuas e o Sr. Isaltino já cumpriu a sua pena. Faço notar, a título de declaração de interesses, que sobre o Sr. Isaltino Morais escrevi em 15 de Junho coisas pouco simpáticas https://pacheco-torgal.blogspot.com/2020/06/os-portugueses-que-nao-tem-moral-para.html
Por uma muito irónica e desgraçada coincidência foi também exactamente isso (que não há penas perpétuas.) que recentemente alegou o Sr. Carlos Cruz, para exigir que lhe devolvam a condecoração (e mais 20.000 euritos). Mas se não há penas perpetuas em Portugal, porque será que elas existem em países mais desenvolvidos (na vizinha Espanha há Espanhóis a cumprir penas de 30 anos e até de 50 anos por crimes de corrupção, no âmbito do caso Gurtel), ou será que fará algum sentido que se em Portugal acontecer ou aparecer alguém vindo de fora do calibre do Norueguês Breivik (que matou 77 pessoas e agora se queixa que a sua prisão individual, com um quarto, uma sala para estudar e uma outra para se exercitar, tendo também acesso a uma consola e a um computador não o satisfazem minimamente e até são um atentado aos seus direitos) possa ser posto em liberdade ao fim de 20 anos ?
PS - Igualmente interessante na revista Sábado desta semana, é o artigo sobre um condecorado professor catedrático, que tem no currículo ter dito que as mulheres só iam para a universidade para caçar marido e também que as universidades Portuguesas deviam ser de acesso restrito somente a algumas pessoas, exactamente como defende o Sr. Bolsonaro https://www.causaoperaria.org.br/ministro-de-bolsonaro-defende-universidade-so-para-ricos/
