No ano
passado houve um brasileiro que se doutorou em Ciências de Comunicação na
Universidade Nova, com uma tese interessante em que mais de metade da tese são entrevistas com
jornalistas que foram assessores de imprensa em dois governos PSD-CDS e em dois
governos do PS, 29 felizardos que enquanto jornalistas ganhavam pouco mais do que uma miséria e por
um passe de mágica (leia-se pela sua indiscutível competência, leia-se culambismo, MEC dixit) viram o seu vencimento
aumentar substancialmente.
Na
verdade não foram 29 mas sim 30, mas a senhora trigésima jornalista ex-assessora solicitou o
anonimato, vá-se lá saber porquê ! A sua entrevista na pág. 456 merece leitura,
por ser deliciosa, principalmente na parte em que a anónima ex-assessora revela ao futuro doutor que precisou de ser convencida para deixar de ganhar um vencimento
miserável e aceitar ser Assessora ! Felizmente que a referida primou
pela honestidade quando admitiu que “Para uma jornalista muito nova
na altura, como eu era, praticamente duplicava o salário”
Entre as tais dezenas de entrevistados referidos na tese acima há aqueles que depois de terem
saboreado a ambrósia dos vencimentos de assessor ficaram viciados e já não conseguiram voltar à miséria que
recebe a maioria dos jornalistas, como uma tal Paula Rita Tamagnini (foto acima), que disse na sua entrevista ao futuro doutor, que assim que foi convidada para assessora decidiu não voltar (à miséria) jornalística habitual e de facto desde que aquela foi assessorar o Governo do Sr. Sócrates nunca mais voltou à miséria habitual, tendo passado pela Santa Casa e pelo Banco de Portugal e desde 2017 tornou-se Directora de
Comunicação da TAP, aquela empresa que paga prémios a directores mesmo com 100 milhões de euros de prejuízo (onde recebe mais do que um professor catedrático, o que faz prova do nosso subdesenvolvimento pois na Suiça não há comunicadoras sociais a receber mais do que catedráticos), tendo informado a revista Sábado no seu último número, que agora
que aquela empresa está em lay-off, e os seus trabalhadores estão com vencimento
reduzido, muito oportunamente a referida Licenciada Paula Rita Tamagnini "mudou-se" para prados mais verdejantes pois percebeu que o futuro da TAP é negro (leia-se a Nação requisitou os seus elevados préstimos) para o gabinete do Sr. Ministro Pedro
Siza Vieira, onde a sua robusta expertise comunicacional é absolutamente essencial para combater o Covid-19, o que só pode significar que a referida ex-jornalista é assim uma espécie de Ronalda da comunicação social !