quarta-feira, 29 de abril de 2020

O Covid-19 e os parasitas da Nação


O Sr. Primeiro-Ministro achou muito importante receber ontem vários parasitas da Nação, os mesmos que passaram o último mês a comer, a beber e a gastar papel higiénico enquanto que a sua conta bancária engordou largas dezenas de milhares de euros. 

Lamentável grupo, onde recorde-se até há quem esteja sob investigação por fraude fiscal, sendo certo que se estivessem na Espanha alguns já há muito que estavam na cadeia, depois de esgotados todos os recursos possíveis obviamente, pois é evidente que nenhum deles jamais teria a dignidade que teve o Presidente do Bayern, que aceitou a decisão de cumprir pena de cadeia sem ter recorrido dela para um tribunal superior.

Será que o Ministro que tutela o futebol estava muito ocupado para poder receber aquelas inutilidades ou será que o Sr. Primeiro-Ministro, o mesmo que não se dignou receber enfermeiros, quando aqueles fizeram greve para receberem um pequeno aumento no vencimento, entendeu ser absolutamente imprescindível receber os parasitas da Nação.

A França, país que recorde-se tem 2475 infectados por milhão de habitantes  já decidiu que o campeonato de futebol não será reiniciado, pois todos os desportos colectivos naquele país estão interditos até Agosto (contudo como não haverá vacina nessa altura é bem possível que a interdição se mantenha mesmo depois dessa data) porém Portugal que tem quase o mesmo numero de infectados da França (2361 infectados por milhão de habitantes) mas muito piores condições hospitalares, tem um Primeiro-Ministro iluminado que parece pensar exactamente o contrário. 

Ou quem sabe talvez ele deva achar absolutamente necessário garantir que o quanto antes os Portugueses passem o dia (e a noite) a discutir se foi golo ou se não foi golo ou se foi falta ou se não foi falta, ou se devia ter havido um cartão amarelo ou vermelho, pois dessa forma não perdem tempo com noticias, como aquela que ontem aparecia numa certa capa de um certo jornal dando conta que há 600.000 Portugueses a pedir comida para sobreviver.