quarta-feira, 5 de maio de 2021

A suprema podridão e o supremo inocente



Ainda na sequência do post acima faz sentido perguntar, quem serão os "universitários apaniguados" mencionados no texto abaixo: 
"a maior pouca-vergonha,  a maior desfaçatez e a suprema podridão política que isto representa...Os juízes obedecem a estes ditames da sombra do poder, com medo de poderem ser afastados dos sítios onde se encontram no bem-bom...Os universitários apaniguados fazem a cama jurídica a estas poucas-vergonhas, com pareceres sobre prescrições salvíficas e de outra índole ainda mais perversa" 

Ficou ontem a saber-se pela imprensa que o juiz Vaz das Neves, ex-Presidente do Tribunal da Relação de Lisboa jura que está inocente de tudo aquilo que o acusam, queixando-se inclusive que está a ser vitima de populismo. Só lhe faltou dizer qual supremo inocente “nunca na história da Humanidade, desde de Jesus Cristo, houve alguém mais inocente do que eu”. Admitindo que ele estava a falar a verdade, então isso significa que aquilo que ele fez é o que fazem todos os juízes Presidentes de todos os tribunais deste país. Todos eles receberam telefonemas do ex- juiz Rui Rangel (ou de outros juizes) para garantir que certos processos vão parar às mãos certas, todos eles também utilizam o seu tribunal para fazer julgamentos privados,  facturando centenas de milhares de euros em cada um deles e pagando apenas 1% de imposto e todos eles foram apanhados em escutas telefónicas prometendo estar "totalmente disponível para tudo" em conversa com alguém acusado por crime de corrupção. 

Se como deu conta uma recente sondagem 66% dos Portugueses já não confiam nos tribunais, então a ser verdade que tudo aquilo que fez o juiz Vaz Neves é coisa rotineira entre os juizes Presidentes deste desgraçado país, então mais vale fechar todos os tribunais e subempreitar a justiça aos tribunais Espanhóis.  De certeza absoluta que o resultado nunca será pior do que aquilo que tivemos nos últimos 47 anos e até ficará muitíssimo mais barato aos contribuintes, porque nos tribunais Espanhóis não há casos que demorem 50 anos, como dizem irá demorar o caso BES (o que irá custará uma autêntica fortuna aos contribuintes deste país) nem muito menos há ricos cidadãos de primeira classe, que podem dar-se ao luxo de meter recurso atrás de recurso até à prescrição dos processos, como sucedeu por exemplo com um conhecido banqueiro https://www.esquerda.net/artigo/nova-prescricao-beneficia-jardim-goncalves-em-mais-500-mil-euros/32201