terça-feira, 18 de maio de 2021

Catedráticos estéreis, catedráticos negacionistas e catedráticos que cometeram crimes



Na sequência dos posts acima seguem abaixo os links de dez catedráticos (uma pequena amostra de uma realidade muito vasta) cuja "obra científica" nunca recebeu uma única citação dos investigadores de 
Stanford, do MIT ou de Harvard. A penúltima da lista é a catedrática negacionista.
E isto ao mesmo tempo que há jovens investigadores de obra científica com impacto muito superior, que são literalmente obrigados a ir trabalhar para o estrangeiro, como foi recentemente o caso mediatizado pelo jornal Público, da Inês Trindade, cujas publicações curiosamente até já foram citadas por investigadores de Harvard https://pacheco-torgal.blogspot.com/2021/03/quando-estar-desempregado-e-uma-medalha.html

E porque será que nos últimos 50 anos foram afastados largas dezenas de juizes da magistratura (só nos últimos 15 anos foram afastados três dezenas de juizes em resultado de quase 500 processos disciplinares) e não há noticia do afastamento de um único catedrático das universidades públicas por incompetência, nem sequer mesmo por conta de terem cometido crimes no exercicio de funções ? 

É verdade que o catedrático mencionado na noticia abaixo, Francisco Sobral da Universidade de Coimbra, foi condenado a uma pena de prisão por crimes de abuso de poder e de falsificação de documentos porém já estava aposentado à data da sentença do tribunalhttps://www.publico.pt/2007/12/18/jornal/professores-da-uc-condenados-por-falsificacao-de-documentos-241979 Já outro catedrático da mesma Universidade, António Rocha Gonçalves, foi também condenado por um crime de abuso de poder, mas isso não levou à sua expulsão da universidade https://www.rtp.pt/noticias/pais/tc-confirma-condenacao-de-docente-da-universidade-de-coimbra-por-abuso-de-poder_n3256 

PS - Em universidades de países muito mais desenvolvidos do que o nosso despedem catedráticos por conta de assédio moral a alunos de doutoramento, como sucedeu por exemplo numa Universidade Suiça e também numa universidade da Austrália, nesses países seria impensável que um catedrático tivesse cometido crimes de abuso de poder ou crimes de falsificação de documentos, e não fosse inapelavelmente despedido. A impunidade malsã das cátedras públicas Portuguesas (que não encontra paralelo nem sequer mesmo na magistratura) é típica de universidades de países do terceiro mundo e confirma que em pleno século XXI as universidades públicas deste país estão capturadas por interesses escusos.