sábado, 23 de outubro de 2021

Professores universitários e investigadores pagam mais IRS do que as famílias super-ricas



Já não bastava, como se deu conta nos posts acima, que a Academia Portuguesa tenha vencimentos muito inferiores aqueles que se praticam nas universidades de vários países europeus (onde há bolsas de doutoramento de 4600 euros/mês e professores-auxiliares a receber entre 10.000 e 15.000 euros/mês), países esses que convém recordar contra os quais Portugal tem de competir directamente pelas verbas de projectos europeus, também já não bastava que num relatório europeu se possa ler que as pensões futuras daqueles professores universitários e investigadores Portugueses que começaram a carreira há poucos anos serão muito inferiores aos seus vencimentos, sendo pouco mais do que miseráveis https://pacheco-torgal.blogspot.com/2021/10/masoquismo-academicoparte-2.html e agora fica-se também a saber, através de declarações de um responsável do fisco, num artigo na página 49 da revista Visão desta semana, que as 1000 famílias que o fisco Português considera super-ricas, pagam taxas de IRS inferiores a 30%, ou seja pagam menos do que aquilo que pagam muitos Professores Universitários e investigadores. 

PS - Hoje no Expresso e quando perguntada sobre se acha que a corrupção (essa chaga que há muito empobrece este país ao mesmo tempo que enriquece alguns filhos da puta) está a aumentar, a Ministra da Justiça reponde que não. Trata-se de uma posição muitíssimo diferente da posição do ex-Presidente Ramalho Eanes que afirmou que havia no nosso país uma epidemia de corrupção. E entre acreditar num Português que teve a inusitada coragem de recusar receber mais de 1 milhão de euros de retroactivos de reforma ou acreditar na referida e mui lamentável senhora que alguns Procuradores, como por exemplo o Procurador Jubilado Euclides Dâmaso, disseram que pretende dificultar ainda mais o combate à corrupção, cada um que decida qual aquele cuja opinião lhe parece mais digna de crédito.