sexta-feira, 15 de outubro de 2021

Um livro sobre uma área emergente na Eng. Civil em Portugal e os grupos de investigadores que se desprezam entre si


https://pacheco-torgal.blogspot.com/2021/07/departamentos-de-engenharia-civil-das.html

Sobre  a tal área de investigação, iniciada no departamento de engenharia civil da Universidade do Minho e que depois se estendeu a outras universidades, sendo que as universidades de Lisboa e de Coimbra foram as últimas a "apanhar o comboio",  conforme foi demonstrado no post acima, através da análise da produção científica de vários departamentos em 7 universidades, é pertinente divulgar que está para breve a publicação de livro sobre a mesma pela conhecida Editora Elsevier, pois a data que aparece no site está errada https://www.elsevier.com/books/advances-on-alkali-activated-concrete/pacheco-torgal/978-0-323-85469-6  

Seja como for a edição anterior, publicada em 2015, ainda continua em fase crescente de citações, pois em 2020 recebeu 60 citações e em 2021 recebeu quase 60 nos primeiros 9 meses 

Sobre esta área é importante ter presente o conteúdo de um muito importante e muito recente artigo, de título "Portland Versus Alkaline Cement: Continuity or Clean Break: “A Key Decision for Global Sustainability”, publicado há apenas poucos dias, cujo primeiro autor é o conhecido investigador Angel Palomo (que não por acaso participou na supracitada edição de 2014) e onde se podem ler curiosas frases, pouco usuais em artigos científicos, como quando se refere ao mau ambiente que se vive entre dois grupos de investigadores, o grupo daqueles investigadores que representam o passado (ligado ao cimento Porland) e o grupo daqueles que querem uma ruptura com esse passado:
"a mutual disdain (each group shamelessly dispenses with the teachings that the other group might contribute)" https://www.frontiersin.org/articles/10.3389/fchem.2021.705475/full

É claro que há algumas coisas no referido artigo com as quais estou em desacordo, como por exemplo quando é dito que o conhecido e muito citado estudo dos investigadores Australianos Turner & Collins faz prova da sustentabilidade destes materiais. Não não faz, de todo. Na verdade, faz precisamente o contrário. Teria sido por isso muito mais rigoroso, citar antes o estudo dos investigadores Ouellet-Plamondon & Habert. Note-se aliás que o referido estudo do Turner & Collins até já tinha motivado um "artigo" furioso (mas pouco rigoroso) do Joseph Davidovits http://www.geopolymer.org/wp-content/uploads/False-CO2-values.pdf