E que essa aberração Constitucional (de haver Portugueses de primeira e Portugueses de segunda) não é alheia ao facto do PSD e PS, que elaboraram a
Constituição a seu bel prazer, desenharam um sistema eleitoral para
dominar a Assembleia da República e durante os últimos 45 anos satisfazerem
os ilegítimos interesses
particulares dos seus amigos e conhecidos, naquilo que o catedrático Nuno
Garoupa apelidou em Março deste ano de cleptocracia https://www.publico.pt/2019/03/29/politica/opiniao/cleptocracia-qualidade-1867166
Coincidentemente, também em Março deste ano, o conhecido catedrático Francisco Louçã recordou no semanário Expresso, que em conjunto com outros dois académicos, estudou o percurso de 776
governantes (ministros e secretários de estado) em 19 governos. Destes
governantes 32% nunca o tinham sido mas depois da experiência governativa
passaram a administradores no sector privado (113 na finança, 92 na industria e energia e 43 nas áreas
do imobiliário e das comunicações).
Porém como os governos não são
escolas de alta administração e quem lá passa não fica por isso automaticamente
graduado com o diploma de competente administrador, então só resta concluir que a
banca e os grandes grupos económicos, contrataram esses antigos governantes como
administradores por uma simples razão...pela possibilidade de fazerem excelentes negócios com o Estado, ou no mínimo para conseguirem algumas benesses desse
mesmo Estado. Só resta por isso tentar adivinhar quanto é custaram ao Estado
Português essas benesses e negociatas ?
Entre os
quase 20.000 milhões de
prejuízos por conta de negociatas nas PPPs (11 mil milhões somente nas PPPs
rodoviárias), os 20.000
milhões que a banca fez desaparecer nos últimos 10 anos (Expresso
dixit) e os quase 20.000
milhões/ano de que se fala aqui https://www.jornaldenegocios.pt/economia/detalhe/corrupcao-custa-a-portugal-182-mil-milhoes-por-ano ninguém
se pode pois admirar porque é que Portugal está como está e tem as dividas que têm
!