Há pouco
tempo a conhecida cientista Elvira Fortunato queixava-se da imensa burocracia
que existe na investigação em Portugal https://observador.pt/especiais/elvira-fortunato-em-portugal-ligamos-o-complicador-nivel-de-burocracia-na-investigacao-e-horroroso/
Opinião essa
também partilhada mais recentemente por um catedrático da universidade de
Lisboa http://visao.sapo.pt/opiniao/2019-02-28-Ciencia-entre-a-disneyficacao-e-a-burocracia
Trata-se
de uma bizarra situação que merece ser vista no contexto da reportagem que
ontem passou num certo canal televisivo que deu conta da enorme facilidade com
que uma certa Câmara Municipal já atribuiu mais de um milhão de euros em
ajustes directos a um certo escritório de advogados. https://tvi24.iol.pt/videos/ana-leal-autarca-da-madeira-adjudica-contratos-por-ajuste-direto-a-amigo-do-partido/5d83d2080cf20cbb79b3c8d5
Estranho país este onde os cientistas são vistos como gente suspeita que deve ser obrigada a executar um sem número de procedimentos burocráticos antes de poderem gastar as verbas que conseguiram ganhar em concursos internacionais enquanto ao mesmo tempo os senhores autarcas (que nas últimas décadas ganharam fama de refinados vigaristas) gozam de tais facilidades.