O regime de tenure, correspondente a uma estabilidade reforçada no emprego e mencionado no final daquele post campeão absoluto deste blog, existe unicamente para proteger casos em que a verdade científica (ou a liberdade de opinião) podem dar direito a despedimento ou até mesmo prisão como no caso do cientista preso por publicar um estudo sobre poluição.
O que é irónico é que em Portugal a esmagadora maioria daqueles que usufruem do regime de tenure nunca necessitaram dele porque nunca fizeram ou disseram nada que pudesse colocar em risco o seu emprego (e muito menos a sua liberdade como sucedeu aquele acima referido). E se assim é numa democracia é absolutamente garantido que se tivessem vivido em ditadura jamais lhes sairia da boca uma única palavra que fosse para criticar a dita. Não custa acreditar que muitos fariam exactamente o oposto, chegando ao ponto de elogiar a dita para mais depressa chegarem ao topo da carreira académica. É gente a quem Dante reservou um lugar especial no Inferno. Vide imagem abaixo.