O Expresso traz hoje na capa do seu caderno principal uma noticia com o título "Ordens reúnem-se de urgência contra o Governo" relativamente a um artigo onde vários representantes de várias Ordens se manifestam contra propostas do PS, que visam fazer alterações ao quadro legislativo que regula a actividade das Ordens Profissionais.
Compreende-se a preocupação de algumas Ordens, como a Ordem dos Advogados e a Ordem dos Médicos, que como defendi em post anterior já deviam ter perdido o poder disciplinar por conta da forma como durante as últimas décadas muito mal o exerceram, já que Portugal não se pode dar ao luxo, de ter em efectividade de funções, aqueles maus profissionais que há muito deviam ter sido expulsos dessas Ordens e que só não o foram porque aquelas duas Ordens têm há vários anos, milhares de processos disciplinares atrasados. https://pacheco-torgal.blogspot.com/2019/12/um-crime-com-cumplicidade-da-republica.html
Na referida peça jornalística, é dito que o Bastonário da Ordem dos Engenheiros foi eleito em meados de Julho, uma afirmação no mínimo estranha, tendo em conta que o acto eieitoral da OE teve lugar no inicio de 2019 (entre dia 30 de janeiro e dia 9 de fevereiro) e a tomada de posse ocorreu em Março daquele ano. O Expresso conseguiu assim a proeza de não acertar nem no ano, nem nos meses do acto eleitoral, nem sequer no mês da tomada de posse. Um triplo recorde de erros. Nada de surpreendente se recordarmos isto aqui
PS - Não se percebe de todo que o Bastonário da Ordem dos Engenheiros não se tenha já demarcado da OA e da OM e do seu péssimo desempenho disciplinar, assim permitindo que aos olhos dos Portugueses possa a OE (que entre as várias Ordens profissionais, possui um dos menores rácios processo disciplinar/associado) correr o risco de ser contagiada, pela fatal má fama, que aquelas duas associações têm aos olhos dos Portugueses.