Ainda na sequência do post acima e afim de perceber quais as instituições que mostram maior quebra de competitivade científica a nível mundial e também para facilitar a vida aqueles que este mês se vão candidatar ao ensino superior disponibiliza-se no link abaixo
o quadro resumo da situação nacional no ranking Shanghai tornado público no passado mês de Julho e que avaliou a produção científica em 54 áreas através de uma metodologia que assenta em 5 variáveis (Q1, CNCI, IC, Top, Award):
Muito resumidamente o panorama nacional não é nada famoso, porque para além daquilo que já se sabia, que Portugal compara mal com outros países, nomeadamente com a nossa vizinha Espanha, num elevado número de áreas como por exemplo esta em post de 3 de Agosto ou aquela referida num post de 4 de Agosto ou ainda esta outra aqui mencionada em post de 6 de Agosto, constata-se que relativamente a anos anteriores, embora pontualmente tenha havido melhorias nalgumas áreas, que sem dúvida merecem louvor, como por exemplo o facto de pela primeira vez a área do Direito ter entrado pela mão da UMinho e da UCoimbra no Top 500, sem dúvida uma proeza histórica, especialmente no contexto de afirmações anteriores do Presidente da A3ES, sobre os cursos de Direito, que comentei em email de 2018 e que se percebe agora não cairam em saco roto.
Contudo há uma grave tendência generalizada de descida de várias áreas da academia Portuguesa no referido ranking e algumas dessas (25) até deixaram este ano de fazer parte do Top 500. A Universidade de Coimbra é a instituição onde houve mais áreas nessas condições e note-se que um impressionante número de 40% das saídas nacionais do Top 500 ocorreram naquela universidade, o que não pode deixar de ser visto como um sinal de uma acelerada perda de competitividade científica daquela universidade.
Estes
resultados são péssimos para a academia nacional (e para Portugal) que a continuar neste caminho
está a contribuir de forma negligente para a fuga de milhares de jovens Portugueses para universidades estrangeiras e é também péssimo para a Universidade de Coimbra, que é
garantido que tão cedo não volta a entrar no Top 500 por instituições do
ranking Shanghai, que usualmente é revelado a meio do mês de Agosto e
que é
o único que a Comissão Europeia associa à excelência científica.