sexta-feira, 21 de agosto de 2020

Um infeliz editorial sobre o partido Chega


A Directora da revista Visão queixa-se esta semana num editorial muito pouco feliz que o Chega defende valores simplistas e superficiais e que o Programa daquele partido é pobre e até tem erros ortográficos. Pois será e terá, já que aquele partido não conta com os muitos letrados e geniais cabeças que existem no PS e no PSD, e que ajudaram a escrever programas tão eruditos que ficaram para os anais da literatura política, mas esses são partidos de Governo ao passo que o Chega é puramente um partido de protesto. Mas ainda assim faz sentido perguntar quantos foram os Portugueses que votaram no PS e no PSD que leram o Programa daqueles partidos ? 20% ? 10%? 1%, 0.5% ? 

Em Outubro de 2019 escrevi sobre alguns factos que na minha opinião ajudaram a eleger o deputado Ventura pelo que não vale a pena estar agora a repetir-me só para contrariar a infeliz tese da Directora da revista Visão. Abro apenas uma excepção para dizer que lamento o facto da directora da Revista Visão ter no seu editorial desvalorizado o problema da corrupção, que de forma ligeira apelidou de cassete

Fez muito mal pois o ex-Presidente Ramalho Eanes chamou-lhe uma epidemia, que é coisa muito diferente e muito mais grave do que cassete e para muitos Portugueses a opinião dele vale muitíssimo mais do que a da Directora da revista Visão. Ou quem sabe talvez ela também já se tenha esquecido que o actual Presidente da República, disse em 2018, que não há verdadeira democracia sem um combate permanente à corrupção