quarta-feira, 5 de agosto de 2020

Ineficiências na Investigação, Desenvolvimento e Inovação em 29 países Europeus

https://www.mdpi.com/2071-1050/12/4/1432

Os resultados no artigo acima mostram aquilo que não é nenhuma novidade como já se tinha percebido aqui, que os países do Norte da Europa são os países mais eficientes entre os 29 do grupo analisado. E porém aquilo que eles lá fazem não é secreto nem inalcançavel. O que eles lá não fazem é terem como nós centenas de milhares de cidadãos analfabetos (quase 2 milhões habilitados somente com o 1º ciclo) e gastar pouco em investigação, preferindo antes alocar uma verba superior a despesas miltares e chegando até ao extremo absurdo de proporcionalmente até pagarmos a um número superior de generais do que pagam nas forças armadas dos EUA quase como se estivessemos prestes a ser invadidos pela Espanha ou por Marrocos. 

É claro que há outras razões que explicam a nossa ineficiência que não constituem nenhuma novidade, excepto claro para aqueles que parecem não saber o que a casa gasta e ainda acreditam em histórias da carochinha felizmente que há pelo menos um Ministro que não faz parte desse ingénuo grupo. 

PS-Uma noticia do jornal Público de hoje fala da abertura de 435 vagas para medicina e informa que algumas dezenas dessas, destinadas ao Interior do país, são bonificadas com um aumento salarial de 40%. Porque é que será que o mesmo Governo não cria algumas vagas em instituições de ensino superior localizadas no Portugal profundo com direito a igual bonificação salarial como forma de aumentar a capacidade de atracção essas instituições ? Ou será que alguém acredita que a centena e meia de docentes e investigadores Portugueses cujo nome aparece neste ranking estão disponiveis, ao contrário de médicos, que muito dificilmente estarão entre os melhores da sua área, para abandonar a sua universidade no litoral e ir trabalhar para o interior do país, em instituições de ensino superior pouco competitivas, sem qualquer compensação ? Uns menos avisados dirão que as instituições do interior não necessitam dos mais promissores professores e investigadores das universidades do Litoral mas esses são os mesmos que ainda não perceberam porque é que o Ventura teve os seus melhores resultados em Portalegre e o último número da revista The Economist contém um artigo onde se pode ler uma frase muito elucidativa a esse respeito "The perception that their corner of the country is being left to die is dangerous, because it makes people more inclined to support political charlatans"