Sobre a tal burla mencionada no post acima onde um antigo Ministro se apropriou de dezenas de milhões de euros, que obviamente serão pagos pelos cordeirinhos que são os contribuintes Portugueses, é importante que o país não esqueça que a revisão do código penal que descriminalizou as burlas em Portugal, a mesma que agora vai permitir ao referido burlão ficar fora da cadeia, foi aprovada durante uma maioria socialista
que assim foi capaz de antecipar um futuro inovador que a maioria dos Portugueses não conseguiu nessa altura e muitos ainda não conseguem, decerto por conta de muito conservadorismo, rigidez mental ou mesmo algum eventual estado comatoso.
Em primeiro lugar porque essa acção visionária permitiu desde logo reduzir o número de presos que custam 40 euros por dia ao erário público medidade de elevado valor principalmente numa sociedade que parece querer reger-se por principios libertários (a abolição do imposto sucessório que Portugal já pratica é aliás uma mas medidas também defendidas pelo Partido Libertário Espanhol o que mostra que há já alguns anos que estamos a fazer esse caminho) e também porque como disse na altura o catedrático Germano Marques da Silva Portugal precisa de pessoas para trabalhar e se estiverem todos presos não há quem trabalhe. Tratou-se de uma revisão penal assente por isso no importante principio constitucional da boa saúde da economia.
E é por isso que eu sou a propor uma acção ainda mais arrojada no campo das burlas e que passa pela sua despenalização total, revendo o código penal pela 50ª vez, para apagar qualquer referência a burlas, porque bem vistas as coisas um burlão é afinal um empreendedor em acção. E que ainda por cima ajuda o Estado Português a saber qual o seu nível de ignorância, já que uma pessoa minimamente inteligente não se deixa burlar (a não ser em circunstâncias rarissimas como sucedeu aquando do caso protagonizado pelo empreeendedor Alves dos Reis cuja acçãofoi basicamente antecipou em quase 50 anos o conceito do helicóptero de dinheiro sugerido em 1969, pelo Milton Friedman, Nobel da Economia em 1976) ao contrário daqueles muitos ignorantes que facilmente que caiem nos tradicionais contos do vigário e que são apenas a prova da baixa escolarização de Portugal. Seria por isso uma alteração legislativa assente no importante principio constitucional da inteligência porque o Portugal do século XXI não precisa de cidadãos burros.
Retirar todas as burlas da alçada da justiça é por isso apenas um passo em frente na visão do Catedrático Penalista Germano Marques da Silva (e dos iluminados deputados que lhe subscreveram as teses) e também uma forma de ajudar todos os Portugueses a serem mais cépticamente inteligentes e menos ganaciosamente burros perante ganhos fáceis, como aqueles que andaram a meter dinheiro na Dona Branca (ou noutros esquemas piramidais) ou ainda aqueles que tinham contas no BPN e no BES, remuneradas com uma taxa de juro superior à concorrência.
Esta medida visionária a todos os títulos tem por fim ainda a vantagem suplementar de poder permitir que os Portugueses se tornem doravante também mais exigentes com a classe politica e deixem de votar naqueles que prometem sol na eira e chuva no nabal mas que depois invariavelmente levam o país à falência, como os tais deputados a que se fez referência no título deste post.