terça-feira, 9 de junho de 2020

Centeno__O apelido de um cobarde


Devo dizer que nunca fui grande admirador de um Ministro (que agora só pensa em ir para o BP ganhar mais de 15.000 euros por mês) cuja pouco corajosa estratégia se resumiu a cativar a torto e a direito de forma ignorante e a taxar forte e feio os impostos indirectos como os combustíveis e menos fiquei a partir do dia em que em plena Assembleia da República, ele disse que tinha de apressar os trabalhos para poderem ir ver o Benfica, algo próprio de um adolescente e só compreensível num país do terceiro mundo de gente fanática da bola que acha que isso é mais importante do que a governação do mesmo. Na hora da despedida disse aquele que lá esteve 1664 dias, mais do que estiveram outros ministros das finanças, convenientemente esquecendo que valem muito mais 100 dias em tempos difíceis do que 2000 dias em tempos de vacas gordas.  

Trata-se convém lembrar do mesmo Centeno que todos os anos pagou 50 milhões de euros em prémios aos trabalhadores do fisco mas não teve qualquer pejo em discriminar negativamente o ensino superior  o que teve como consequência que o ISCTE fosse curiosamente a instituição mais beneficiada pois é aquela onde é existe a maior percentagem de Excelentes (mais de 80%) e isto ao mesmo tempo que este Instituto Universitário aparece somente em 9º lugar em produção científica indexada e 11º lugar para artigos altamente citados  e nem sequer possui um único Scopus Highly Cited Scientists dos 172 SHCS que existem em Portugal ! 

E nem sequer falo da sua absoluta incapacidade (ou cobardia) em conseguir contribuir para tornar as finanças mais eficazes no que respeita a chamar à pedra os grandes evasores fiscais como faz o fisco Espanhol com os jogadores de futebol, o qual estou certo não cobraria muito para dar umas lições ao fisco Português.  Este ministro fica sim conhecido por colocar as Finanças a perseguir pequenos contribuintes como aqueles da famosa operação Stop. Uma operação vergonhosa que rendeu a miséria de 24 mil euros e isto logo num país que tem em off-shores mais de 40.000 milhões de euros (sendo que uma parte desse montante é evidentemente dinheiro que foi roubado aos Portugueses) e que perde todos os anos milhares de milhões de euros por conta da corrupção !

Sendo que como afirmaram em Março passado alguns investigadores do Instituto de Economia de Barcelona a presente recessão irá amplificar os efeitos dessa corrupção https://pacheco-torgal.blogspot.com/2020/05/artigoa-recessao-amplifica-os-efeitos.html Trata-se do mesmo país onde as finanças permitem que os empresários possam deduzir em sede de IRC as despesas com o seu Ferrari ou com o seu Lamborghini e o mesmo país onde a percentagem de IVA sobre produtos de luxo é a mesma que é aplicada em bens essenciais como a electricidade, o que significa que como diz o Luís Aguiar-Conraria da Universidade do Minho andamos a subsidiar gastos de gente rica 

Aditamento em 10 de Junho - O Jornal Económico reproduz palavras da Ana Gomes sobre Centeno:
"...foi “insensível à injustiça e criminalidade fiscal”, deixando de que os “capangas” de “secos, molhados e Salgados” permaneçam na Autoridade Tributária e na Inspeção-Geral de Finanças.