terça-feira, 16 de junho de 2020

Parlamento decide que Portugal não pode ser racista com a lista NEGRA dos offshores

https://pacheco-torgal.blogspot.com/2020/05/covid-19countries-barring-firms.html

Depois de se saber (link acima) que alguns países como a França, Dinamarca,  Itália ou Áustria, decidiram que as empresas que tem sede em paraísos fiscais não podem ter direito a apoios públicos no âmbito da pandemia Covid-19, o Parlamento Português decidiu, informou ontem o jornal Público, de forma oposta, pois o PS, PSD, CDS-PP e Iniciativa Liberal, juntaram-se para chumbar uma proposta nesse sentido. A explicação só pode por isso ser uma única, como em Portugal não somos racistas (Rui Rio dixit) então não podemos ser racistas com as empresas só porque tem a sua "sede ou com filiais num dos territórios da “lista negra” dos offshores". 

A bela tradição dos offshores vai por isso continuar e isso significa que Portugal vai continuar a ser aquele país que foi bem descrito há poucos meses atrás pelo escritor João Pedro George https://pacheco-torgal.blogspot.com/2020/02/crimes-cometidos-pelos-membros-das.html

Curiosamente o deputado do Chega achou boa ideia faltar a esta votação para depois não ter de explicar aos seus apoiantes o voto ao lado do PS, pois todos sabemos que o deputado Ventura gosta muito de offshores, por conta do seu trabalho numa firma de planeamento fiscal, leia-se que ajuda os ricos a fazer aquilo que eles sabem fazer melhor. 

P.S - Em tempos comentei o facto de em Portugal os maus gestores públicos serem recompensados com promoções agora fica-se a saber que não são os magistrados que tem a "ficha limpa" que são "promovidos" mas curiosamente são precisamenye aqueles que foram condenados em sede de processo disciplinar que são os escolhidos para altas funções, como hoje se dá conta aqui. (o novo nomeado vai ficar a ganhar mais do que a própria Ministra)  O que mostra que está de pedra e cal aquela bela tradição de nomeação de outros Portugueses também com a ficha limpissima, como o advogado e ex-deputado condenado por ter roubado gravadores a jornalistas com pena confirmada pelo Tribunal da Relação em 2013, que foi nomeadopara o Conselho Superior dos Tribunais Administrativos e Fiscais ou o deputado e advogado condenado por ter ficado com 45.000 euros de um cliente, com pena confirmada pelo Tribunal da Relação em 2016 que foi escolhido para o Conselho de Fiscalização do Sistema Integrado de Informação Criminal