https://www.publico.pt/2020/05/28/opiniao/opiniao/direito-penal-idade-media-polanski-1917410
Acima um artigo interessante, onde a Procuradora apesar de ter cometido o erro de confundir a Aissa Maiga com uma tal Aissa Raissa, discorre sobre as consequências medievais do movimento "Me Too" no conhecido caso Polanski. Infelizmente convém relembrar que o referido movimento também já chegou à ciência onde as simples suspeitas já são suficientes para fazer condenações como dei conta em tempos. E até há quem vá ao extremo de defender que as penas na academia devam durar "até à morte" conforme traduzidas no perpétuo conceito de "zombie scientist" do Leonid Schneider, a quem mesmo o cumprimento de uma pena já não consegue fazer voltar ao mundo dos vivos. Sobre esta questão reproduzo trecho abaixo que publiquei em post anterior:
"For the record, although i had congratulated Leonid Schneider for his crusade against scientific misconduct i disagree with the concept of "zombie scientist" and i also disagree with some of his harassment like behaviour when he insists in placing photos or drawings of academic offenders on his site. This means that first of all the academic community must define an international ethics code where the penalties for any kind of scientific misconduct are clearly established. Only then its possible to fairly judge and condemn academic offenders. This witch hunt like term forgets the content of articles 10 and 11 of the Human Declaration of Human Rights and it is especially worrying for scientists of countries where the social pressure is so high that already led several researchers to suicide, even before a definitely guilty verdict has been reached (Pellegrini, 2017)"
Pellegrini, P. A. (2017). Science as a matter of honour: How accused scientists deal with scientific fraud in Japan. Science and Engineering Ethics, 1-17.
Neste contexto revisite-se também o post anterior no link abaixo:
https://pacheco-torgal.blogspot.com/2019/10/humilhacao-publica-na-academia.html