segunda-feira, 21 de setembro de 2020

Expresso__"A corrupção unida não será vencida"



Em bom rigor tenho que admitir que o Expresso do passado sábado não continha somente noticias da treta, como aquela comentada no link acima, mas também coisas interessantes como por exemplo o artigo com o título "A corrupção unida não será vencida" do Procurador Rui Cardoso, onde se pode ler algo muito parecido com aquilo que apareceu escrito no post que publiquei há poucos dias, isto é, que o Governo pretende desincentivar as denúncias de actos de corrupção, vide extracto abaixo: "O que a Estratégia Nacional de Combate à Corrupção (ENCC) revela é que é precisamente a oposta...Se o que propõe vier a ser lei, os poucos incentivos hoje existentes serão ainda mais reduzidos...Muitas vezes muda-se a lei para que tudo fique na mesma. Não será o caso: mudar-se-á para que fique pior" 


Aditamento em 22 de Setembro - Sobre o contexto acima convém ter presente um certo artigo, hoje, na última página do jornal Público, onde se pode ler, a propósito da tal deputada de Castelo Branco, que pagou uma multa de mil euros, por conta de falsas declarações que lhe permitiram receber mais de 200 mil euros de subsidios: "Não há leis que resistam a uma cultura da desvergonha promovida e apoiada em simultâneo pela classe política e pela classe judicial", https://www.publico.pt/2020/09/22/opiniao/opiniao/falemos-entao-deputada-hortense-1932356 o qual se percebe muitíssimo melhor se atentarmos num outro artigo, na mesma edição, do mesmo jornal, onde se fala de um juiz, logo o ex-Presidente do Tribunal da Relaçãoque impediu que os ex-juizes Rui Rangel e Fátima Galante fossem acusados. 

E neste contexto de podridão é igualmente importante recordar um bizarro caso envolvendo um outro juiz, que foi denunciado pelo advogado Teixeira da Mota e já agora também isto aqui: "Há mais de 500 anos, no Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente, a justiça foi representada na alegoria de um velho juiz que chegou ao cais todo bem-falante e cheio de importância e acabou enxovalhado a remar para o inferno, depois do anjo lhe ter negado um lugar na barca do céu, por causa da sua vida de subornos e riquezas escondidas"

https://www.publico.pt/2020/02/26/sociedade/opiniao/decencia-vergonha-1905468