Ao procederem apressadamente a essa prisão ficou assim por se saber se o solicitador iria depois entregar (ou não) o dinheiro à juíza Fátima Galante. O solicitador acabou acusado por corrupção e a juíza inicialmente acusada de corrupção passiva nem sequer foi levada a julgamento. O Director da revista Sábado, um individuo corajoso, apelida a infeliz decisão da Policia Judiciária como "precipitação policial, digamos assim", porém não lhe fica bem que o faça nesses moldes, pois no mínimo o correcto seria que revelasse o nome dos agentes da PJ responsáveis pela referida operação, já que ninguém acredita em estranhas precipitações policiais, ainda para mais num caso gravíssimo de corrupção de um juiz, pelo que colocada a gravíssima suspeita, como o fez o Director da Sábado, importa apurar se algum dos agentes da PJ foi beneficiado na sua carreira por conta da tal "precipitação".
Para que a história fique completa é importante dizer ainda que os dois advogados acima referidos não gostaram de saber que a juíza nem sequer foi julgada e fizeram questão de o dizer. Por essa opinião foram condenados (pelo agora tristemente famoso Tribunal da Relação de Lisboa onde há juízes acusados de corrupção) a pagarem 25.000 euros de indemnização à dita juíza Fátima Galante. https://www.publico.pt/2011/05/07/jornal/o-exemplo-do-procuradorgeral-da-republica-21997390 Inconformados com essa bizarra sentença os dois advogados apresentaram queixa ao Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, que lhes deu razão e condenou Portugal, ou melhor condenou o Tribunal da Relação, ou melhor, condenou os contribuintes Portugueses a pagarem os tais 25.000 euros, acrescidos do valor das custas judiciais e ainda 3000 euros pelos danos morais sofridos pelos advogados, resultando a conta em mais de 40.000 euros.