Ainda na sequência do post acima note-se que se analisarmos o rácio publicações (indexadas na Web of Science-WoS) para o ano de 2019 por docente ETI, novamente a Universidade dos Açores aparece no fundo da lista:
UPorto/UCoimbra/UAveiro........4.0 publicações/docente ETI
ULisboa.....................................3.3
UNova.......................................3.2
UMinho.....................................2.7
UBI............................................2.3
UMadeira..................................2.0
UTAD........................................1.7
UAlgarve...................................1.5
UAçores....................................0.9Uma média inferior à unidade significa que há quem na universidade dos Açores tenha produzido acima desse valor mas também que há por lá quem necessite de 2 ou 3 anos para conseguir produzir uma única publicação indexada. Note-se que os catedráticos (e os Associados e os Auxiliares) da Universidade dos Açores ganham o mesmo que os Catedráticos (e os Associados e os Auxiliares) das Universidades do Porto Coimbra ou Aveiro mesmo produzindo muitíssimo menos. Embora em bom rigor os primeiros até lhes apareça mais dinheiro na conta bancária ao fim de cada mês porque as taxas de IRS naquela região são inferiores às do Continente.
E se é verdade que como se viu no tal estudo comentado aqui o qual abrangeu 30 anos (1987-2016) Portugal já não precisa de crescer no campeonato do número de publicações porque já bateu quase no tecto, pois nesse campo compara favoravelmente com outros países, note-se que por exemplo mesmo para o ano de 2019, o rácio em termos de publicações WoS por milhão de habitantes é de 2.8 para Portugal, 2.2 para a Espanha, 2.1 para Alemanha e 1.7 para a França, sendo o calcanhar de Aquiles de Portugal as citações onde o nosso país fica a milhas de distância de vários países e onde nem sequer conseque competir com a Grécia, como o mostra o tal estudo e mesmo antes dele já no passado mês de Agosto se tinha mostrado aqui, tal é a pouca importãncia que lá fora se dá ao que aqui se publica e que explica o baixo número de investigadores altamente citados na WoS (vide os raros HCR) ou na Scopus (vide o ranking da Univ. Stanford) ainda assim não deixa de ser bizarro que, mais uma vez, a Universidade dos Açores tenha um rácio inferior ao do Politécnico de Leiria.