Quem o afirma de forma taxativa é o famoso artista Pedro Cabrita Reis, cujo ego de tão inchado (e inflacionado) já não lhe cabe na cabeça e migrou para o resto do corpo, o mesmo artista que tinha comentado no post acima e que escreve hoje no jornal Público para esclarecer as massas incultasque a arte não têm preço e também que se a Câmara de Matosinhos lhe pagou o que ele pediu foi porque podia !
Portanto, alongando o inteligente raciocínio isso significa que no entender deste artista se uma câmara têm os cofres cheios, com o dinheiro dos contribuintes, tanto pode pagar 300.000 euros por uma obra de arte ou gastar os mesmos 300.000 euros a comprar um Ferrari ou um Lamborghini para o Sr. Presidente da referida Câmara se poder deslocar com o devido luxo ! Quem pode pode, quem não pode...
Ainda se fossemos a Arábia Saudita onde a riqueza está imediatamente abaixo do solo ainda se compreenderia a displicente referida narrativa porém num país, onde como relata hoje o Jornal de Noticias os apoios a deficientes estão atrasados dois anos, onde há histórias escabrosas destas https://www.jornaldocentro.pt/online/regiao/crianca-com-93-por-cento-de-incapacidade-sem-apoio-do-estado/
onde existem largas bolsas de pobreza (Marcelo dixit) https://www.dn.pt/portugal/marcelo-expressa-vergonha-pela-pobreza-e-pede-estrategia-nacional-com-urgencia-9205243.html
que é o terceiro país mais endividado da Europa, em percentagem do PIB, que têm hospitais em situação de ruptura, com listas de espera longas de anos, com centenas de sem abrigo, lares de terceira idade miseráveis (etc etc etc) pelo que este abuso autárquico (e artístico) não deixa de ser um insulto para muitos daqueles que pagam elevadas taxas de impostos mesmo sem terem vencimentos de banqueiros ou de futebolistas.