Em email de Setembro de 2018 levei ao conhecimento da comunidade científica, o tenaz assédio da Editora Cambridge Scholars e bem assim produzi
alguns comentários sobre a diferença entre editoras "assediadoras"
(ou desesperadas) e editoras de qualidade, entre as quais estão aquelas que
mais editam livros académicos, que são posteriormente escolhidos para serem
indexados na Scopus e na Web of Science.
Note-se que Portugal conseguiu até hoje produzir 1013 livros indexados na Scopus, em
termos comparativos o
Reino Unido têm 39.190, constatando-se que descontada a
diferença populacional entre os dois países o Reino Unido têm uma produção por
milhão de habitantes, que é mais de cinco
vezes superior à de Portugal.
Até mesmo a Universidade de Oxford
têm 2514 livros
na Scopus e a Universidade de Harvard têm 1954, embora seja certo que tanto Oxford como
Harvard têm muito menos docentes e investigadores do que todo o ensino superior
de Portugal, o que mostra que o nosso país apresenta neste capítulo um
grave défice de produtividade.
As 12 instituições de ensino superior Portuguesas que mais contribuíram para o resultado
do nosso país são respectivamente. Entre parênteses apresenta-se o rácio livros/100 ETIs
ULisboa..........184 (8)
UAveiro..........134 (22)
UMinho..........125 (15)
UPorto............119 (6)
UCoimbra........97 (10)
UNova.............72 (10)
ISCTE.............47 (16)
UBI.................24 (7)
UÉvora............23 (5)
UALG.............20 (5)
UTAD.............20 (5)
PS - De lá para cá continuo a receber emails-convite da mesma Cambridge
Scholars de forma mais ou menos regular, porém ontem esmeraram-se a um tal
ponto que me enviaram dois emails-convite, links abaixo, um convidando-me a
submeter uma proposta para a colecção "Physical Sciences" e um outro
contendo igual convite mas para a coleção "Humanities and Social Sciences". Já só
falta enviaram-me convites para as colecções "Life Sciences" e "Health
Sciences"