destaque
para uma peça jornalística muito recente no link acima que coloca em causa o
direito à crueldade. No contexto da mesma vale a pena recordar a parte
final do filme Earthlings, https://pacheco-torgal.blogspot.com/2019/10/earthlings-narrated-by-joaquin-phoenix.html onde
o muito conhecido narrador Joaquin Phoenix, enuncia um principio intemporal e
universal "We reap
just what we sow" para perguntar o que é que a espécie humana acha
que irá colher enquanto se limitar a plantar sofrimento ?
Como é
evidente há porém que fazer uma ressalva para respeitar a suprema e diferente
opinião de outros humanos, como por exemplo a Raquel Varela da Universidade
Nova de Lisboa quando afirma que os humanos são "...infinitamente superiores a qualquer
animal" https://pacheco-torgal.blogspot.com/2019/10/cientistas-que-suscitam-odio-de-uma.html o que
mesmo descontado o facto, dela como historiadora ter uma noção do conceito
matemático de infinito muito pouco rigorosa, não deixa ainda assim
de secundarizar a referida crueldade, tornando-a quase um direito de seres
superiores. E também o que disseram dois Professores da Universidade de
Coimbra, sobre o facto os animais serem apenas coisas e por definição não
ser possível falar de crueldade contra uma coisa.
Não vou obviamente ao extremo de classificar as palavras da Raquel Varela e
principalmente as palavras (leia-se as asneiras) daqueles dois professores de
Direito da Universidade de Coimbra como sendo um indicador de psicopatia porém
acho que essa é uma
questão crucial na referida discussão.
Lateralmente também entendo que se justifica, pelo menos para um número
reduzido de profissões, como por exemplo médicos, enfermeiros, educadoras de
infância e amas, os mesmos sejam sujeitos a testes de detecção de psicopatia,
como o conhecido teste PCL-R. https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1359178918301319 pois
é obviamente um direito inalienável de qualquer doente não ter de passar pelas
mãos de médicos e enfermeiros psicopatas e é muito pouco prudente e até idiota resignar-mos-nos a
esperar que a ação nociva dos mesmos se faça sentir, para que sejam finalmente
afastados dessas profissões, como por exemplo aquelas dezenas que
ficaram famosos por matar centenas ou dezenas de doentes, casos
da Elizabeth Wettlaufer, Beverley Allitt, Kimberly Clark,
Harold Shipman, Charles Cullen (etc etc) ou mais recentemente o Niels
Högel https://www.nytimes.com/2019/06/06/world/europe/germany-nurse-killed-patients.html