O caderno principal do Expresso continha no passado Sábado uma longa entrevista de três página ao Sr. Bannon e logo com direito a chamada de capa, como se aquilo que sai da boca daquela criatura valesse o que quer que fosse. Será que a mesma se explica pela atracção pelo grotesco que levou o mesmo Expresso a entrevistar o grotesco Bruno de Carvalho ? E se assim é então isso significa que os leitores do Expresso têm que se conformar se aquele semanário um dia destes fizer uma grande entrevista ao Rei Ghob ou aquele Português que montou uma rede internacional de pedofilia ?
https://observador.pt/2019/12/23/lider-de-rede-internacional-de-pedofilia-conhece-sentenca-em-lisboa/ De todo não se percebe a razão da escolha deste antigo empregado da Goldman Sachs e agora peão de bilionários Americanos, cuja única ambição é dar cabo da União Europeia, por conta do perigo que ela representa em minar a supremacia das gigantes tecnológicas dos EUA, que ainda não conseguiram engolir as várias multas de milhares de milhões de euros que receberam da Comissária Vestager e tem pesadelos permanentes com a possibilidade de terem de pagar milhares de milhões de euros em impostos pelos volumosos lucros que recolhem na mesma Europa, o mesmo pateta Bannon cuja estratégia europeia se revelou um rotundo fracasso:
Em 2017 ficou famoso um encontro entre o Sr. Trump e a Chancheler Merkel em que por 10 (dez) vezes o primeiro perguntou à segunda se os EUA podiam fazer um acordo comercial com a Alemanha e por 11 (onze) vezes a segunda explicou que isso não era possível já que fazendo a Alemanha parte da União Europeia esse acordo terá sempre que ser negociado com a União Europeia https://www.businessinsider.com/trump-trade-merkel-germany-eu-2017-4 e esse episódio permite perceber a origem do ressentimento do Sr. Trump e também do Sr. Bannnon e de muitos bilionários daquele país contra a União Europeia pois era muito mais conveniente que eles pudessem negociar (ditar os termos) país a país, onde cada um, mesmo a Alemanha teriam sempre menos capacidade do que negociando em nome do grande bloco que é a UE.
Trata-se do mesmíssimo pateta Bannon a quem o Expresso deu espaço mediático para aquele dizer asneiras como a profecia que dita que os democratas dos EUA só conseguirão ganhar a presidência se levarem como candidato a impensável Oprah Winfrey, uma adepta da pseudociência e que andou a promover a desmiolada activista anti-vacinação Jenny McCarthy ou o desmiolado actor Dwayne Johson (só faltou também ter incluído no lote uma Kardashian) ou quando disse que a China só funciona porque tem "mão de obra escrava" e que é por conta disso que os salários estão a ser puxados para baixo nos EUA, quando na verdade essa é uma prova da sua absoluta ignorância sobre quais são de facto os países que tem efectivamente mão de obra escrava ou mesmo quais são os países que pagam salários miseráveis.
O que mostra que ele não sabe que que há cientistas nos EUA que ganham menos do que na China ou que no grupo das 20 maiores empresas tecnológicas do Planeta a China, que se iniciou nesse campeonato muito depois dos EUA, já tem quase tantas como os EUA ou ainda que a China leva um grande avanço sobre os EUA em áreas chave, como o reconhece o próprio Wall Street Journal, o que contradiz totalmente as ideias patetas do Sr. Bannon que também parece ignorar que na realidade a estagnação salarial nos EUA iniciou-se na década de 70 muito anos antes da ascenção económica da China e como recentemente explicou o Nobel Stiglitz, os bilionários dos EUA (que adoram a a famosa frase cunhada pelo CEO da Google "tax avoidance is called capitalism") preferem financiar o Partido Republicano para terem baixos impostos (leia-se a pouca vergonha de que se fala aqui https://pacheco-torgal.blogspot.com/2019/10/the-triumph-of-injustice.html) em vez de investirem esse dinheiro nas suas empresas, o que obviamente não contribui para um aumento dos salários naquele país.
Aquilo que porém não tem parado de aumentar nos EUA é a diferença entre os salários dos CEOs e os salários médios,diferença essa que actualmente já atinge valores escandalosos https://www.epi.org/publication/ceo-compensation-2018/ mas que hipocritamente não incomoda o mesmo Bannon que pelos visto se sente muito à vontade com o facto da ganância de alguns estar a dar cabo da democracia https://pacheco-torgal.blogspot.com/2019/11/how-elites-endanger-democracyby-tu.html
Teria sido por isso interessante e importante que quando o Sr. Bannon disse as asneiras que disse sobre a mão de obra escrava da China que o jornalista do Expresso (semanário que diz que faz jornalismo de investigação mas que desta vez pouco investigou) lhe tivesse relembrado estes simples factos ou que lhe tivesse perguntado porque raio os EUA, esse grande expoente do capitalismo selvagem (que o mesmo Bannon tenta convencer outros patetas ser o único credo para a prosperidade e felicidade individual) onde supostamente e ao contrário da China não há salários miseráveis (e de facto na Goldman Sachs não há) se tornaram irrelevantes no campeonato dos prémios Nobel, vide artigo:
"An empirical study of the per capita yield of science Nobel prizes: is the US era coming to an end? https://royalsocietypublishing.org/doi/full/10.1098/rsos.180167 de um professor
senior de física teórica, na Universidade Goethe em Frankfurt.
https://itp.uni-frankfurt.de/~gros/ sendo lamentável porém que o mesmo não tenha avaliado
outros países, como por exemplo a Suíça, que tem a maior proporção de prémios Nobel/milhão de habitantes. Também sobre o mesmo assunto ver artigo no link http://people.idsia.ch/~juergen/nobelshare.pdf que recebi do Professor de Inteligência Artificial, Jürgen Schmidhuber.