Na
Engenharia Civil em Portugal, a música é porém muito distinta, como se constata
por exemplo no Mestrado em Engenharia civil da Universidade de Lisboa, que é
aquele onde ingressam mais alunos nesta área, Mestrado esse onde há ZERO unidades curriculares da área das ciências sociais e das
humanidades, talvez porque sempre assim foi no passado e portanto não há
necessidade de mudar, até porque isso seria na lógica (acéfala) da "academia das capelinhas" (Aguiar-Conraria da UMinho dixit em 17-07-2019) entregar o "ouro ao bandido" (leia-se partilhar carga lectiva com outras áreas científicas, os inimigos) como fazem aqueles "ingénuos" no curso de Engenharia Civil da UCBerkeley, que aparece no topo desta lista, onde ter aprovação em seis unidades curriculares dessas áreas é requisito
obrigatório https://engineering.berkeley.edu/academics/undergraduate-guide/degree-requirements/humanities-and-social-sciences
Não
certamente por acaso o primeiro capítulo do livro no link abaixo, a publicar
brevemente,
https://www.elsevier.com/books/bio-based-materials-and-biotechnologies-for-eco-efficient-construction/pacheco-torgal/978-0-12-819481-2 faz
referência a uma proposta de “modernização” da estrutura do curso de engenharia
civil para entre outras coisas também reflectir a necessidade mencionada pelo James
Garrett.
Quanto mais não seja porque não conseguir ultrapassar a herança “calculistica” que é basicamente um tributo à herança da Escola Francesa de Engenharia do Séc.19, constitui-se como uma estratégia muito
duvidosa, para combater uma permanente perda alunos que se tornou crónica neste curso, nos últimos cinco anos e tão pouco se pode afirmar que é uma brilhante forma de enfrentar os complexos desafios de um futuro muito incerto que se avizinha, vide apresentação do Prof. Bendell em 13 de Maio deste ano em Bruxelas sob o título "Because it’s not a drill: technologies for deep adaptation to climate chaos"