A saúde do deputado André Ventura já não era muito famosa, desde que alguém lhe andou a escarafunchar o interessante e muito inesperado programa do seu partido, que dizem estava possuído de uma fúria privatizadora muito mais ousada que a da Troika, que sabe-se não é de todo aquilo que mobiliza as grandes massas deste país.
Mas é difícil que o mesmo consiga agora recuperar do estado comatoso, para onde a revista Sábado esta semana o enviou, ao tornar públicas em artigo de título "O erotismo punitivo e homossexual em André Ventura" as pérolas que enchem os seus dois livros de títulos "Montenegro" e a "Última madrugada do Islão".
Livros cujo conteúdo só um psicólogo conseguirá explicar, resumo no link e ainda extracto de duas páginas aqui https://www.docdroid.net/w0XBJcz/andre-ventura.pdf e que muito dificilmente não irão colocar os cabelos em pé à grande base de apoio que o referido deputado tem nas forças policiais, leia-se na extrema-direita, já que elas não são nada próprias de um bom pai de família, o que desde logo coloca em causa o seu fervor benfiquista, condição essa muito respeitada e até fundamental na extrema-direita.
Nem muito menos são próprias do grande católico que ele afirma ser, quando se mete a descrever fetiches (de quem ? dele próprio ?) que misturam sexo com pancadaria "Ah, que mulher não aprecia isso...dor física e de humilhação, ditada pelos homens", ainda que essas descrições possam servir para que aqueles Portugueses, que foram condenados ou estão ainda apenas na condição de acusados de violência doméstica em elevado grau, encontrem consolo e companhia na escrita do deputado e até lhes permitam alegar em sua defesa, que quando leram os livros do deputado Ventura ficaram absolutamente convencidos que também as suas próprias mulheres tinham um desejo secreto de apanhar uns estalos.