Com a
devida vénia reproduzo um recente comentário da Rottweiler Joana Amaral Dias:
"Há sempre hienas e abutres na
desgraça. Então os laboratórios privados estão a fazer 2,6 milhões de euros de
lucro por dia com os testes ao coronavirus, cobrando 150 euros ou mais por cada
um. Simultaneamente, vários hospitais privados ou pedem esse valor ou dizem que
não fazem o teste. Da mesma forma, CUF, Lusíadas ou Luz recusam-se a atender
pessoas infectadas ou suspeitas. Mas afinal, o estado de emergência não tem
como um dos grandes objectivos regular preços, controlar os meios de
produção e as cadeias de distribuição? Para que serve afinal?! Admitem-se estes
agiotas? Enfim, está na hora do governo, tão lesto a fazer a requisição civil a
estivadores ou motoristas de substâncias perigosas, avançar para esse
dispositivo. É urgente atribuir ao ministério da saúde a organização central
destes recursos, e ao ministério da economia a autoridade para regular e
monitorizar a distribuição de meios essenciais"
Aditamento em 26 de Março - O comentário supra é especialmente pertinente face à exigência dos hospitais privados, que hoje faz capa no jornal Público sob o título: "Hospitais privados exigem que o Estado pague já todas as dívidas" e mais revoltante se torna em face dos valores lá mencionados, sendo que curiosamente logo na página 2 do mesmo jornal Público um cientista diz que as universidades Portuguesas podem fazer milhares de testes por apenas 30 euros cada.