É evidente que é profundamente pessimista e até irrealista "prever" que Portugal possa vir a perder 40% das suas praias porque isso é uma prova de perfeito desconhecimento daquilo que é a excepcional capacidade de Portugal para encher praias em operações de alimentação, pelo que mais correcto seria escrever que Portugal corre risco zero de vir a perder alguma praia. Pois se nas últimas décadas o nosso país gastou dezenas de milhões de euros nessas operações é claro que isso significa que no futuro Portugal fará tudo, mas mesmo tudo para manter intactas as suas belas praias, que os estrangeiros que nos visitam tanto apreciam, nem que para isso tenha de gastar não 200, nem 400 nem 600 mas 1200, 1400 ou mesmo 2800 milhões de euros até 2100, o que note-se até é um valor modesto pois como ainda faltam 80 anos até essa data, isso significa que os referidos dois mil e oitocentos milhões, equivalem a um gasto médio anual de apenas 35 milhões de euros, trocos e a modéstia desse valor percebe-se ainda melhor pelo facto de à medida que for subindo o nível do mar, o gasto com as operações de alimentação ter de ir aumentando tanto em volume como em intensidade. É verdade que alguns maldizentes (como dono deste blogue) dirão que seria preferível gastar esses milhões no Serviço Nacional de Saúde,mas isso é sem dúvida argumentação de gente com pouca saúde e que passa a vida nos hospitais.