Abaixo se
reproduz a queixa hoje enviada à Entidade Reguladora para a Comunicação
Social:
Exmo Sr.
Presidente do Conselho Regulador da ERC
C/C
Director do Expresso
C/C
Comissão da Carteira Profissional do Jornalista
Em 2015 o
Expresso publicou uma peça jornalística, da autoria do jornalista Virgílio
Azevedo, sobre unidades de investigação contendo dados errados. À data
queixei-me desse facto e o Expresso publicou em Abril desse ano na secção
Cartas um reconhecimento desse erro.
Dois anos
mais tarde, no início de 2017, o mesmo Expresso, pela mão do mesmo jornalista
Virgilio Azevedo, volta a publicar nova peça sobre unidades de investigação
contendo dados errados. Novamente me queixei mas nada aconteceu. Fiz então uma participação
à Entidade Reguladora para a Comunicação Social, que pela sua deliberação ERC/2018/154
(CONT JOR-I) confirma a ocorrência de uma situação de violação do
dever de rigor informativo.
De lá
para cá e acreditando que o Expresso só publica notícias rigorosas, devidamente
confirmadas, o boato espalhou-se como fogo na pradaria, como o comprova uma
pesquisa no Google, pelos termos “Elvira” AND “Fortunato” AND “Nobel”.
Chegando-se ao ponto de até haver órgãos da imprensa regional a informar os seus
leitores que a referida professora foi “nomeada” para o referido prémio, o que
é uma falsidade evidente:
A
insanidade atingiu proporções tais que até o Bastonário da ordem dos
Engenheiros, Director por inerência da revista daquela Associação Pública,
autorizou que esta semana aquela revista contivesse uma pseudonoticia que
afirma que o professora Elvira Fortunato está na short list do prémio Nobel.
Esse facto grave já o condenei no meu blog https://pacheco-torgal.blogspot.com/2020/07/o-que-sabe-ordem-dos-engenheiros-sobre.html E também
já apresentei queixa contra o Sr. Bastonário à Senhora Presidente do Conselho
Jurisdicional da Ordem dos Engenheiros
Mais
informo que contactei um membro da Academia das Ciências da Suécia, que
ontem me informou que, qualquer noticia que coloque a professora Elvira
Fortunato numa short list do prémio Nobel da Física é apenas pura
especulação. A resposta textual do mesmo (da qual reproduzo apenas uma
parte) foi: "the Portugese newspaper is spreading fake
news".
Pelo
exposto sou a solicitar a condenação do Expresso e do jornalista Virgílio
Azevedo pela violação reiterada do dever de rigor informativo.